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Pane no sistema, o próprio sistema me desconfigurou

Jul 28 / Danilo Nunes
Pane no sistema. Ou será que o sistema é que foi feito pra dar pane? Se criar é o que você ama, por que parece que tá doendo tanto? Calma, a culpa não é sua. Mas se você não virar o jogo, vai ser engolido por ele.

O mercado de criação de conteúdo está em evolução constante, mas ainda carrega questões que carecem de atenção. É preciso analisar como está o mercado, como ele vem crescendo e ainda, como estão os aqueles que criam. Será que os criadores de conteúdo, uma profissão que tem como foco a criação criativa para a comunidade e que cada vez mais explora o empreendedorismo, ainda consegue criar no sistema atual?

Não, você não enlouqueceu creator, mas está muito difícil se manter lúcido no mundo atual. Afinal, não bastasse todos os problemas que já existiam, agora é preciso se desdobrar para produzir cada vez mais.

A sobrecarga emocional virou rotina para muitos criadores. E, na verdade, isso é dado. Desde o fim da pandemia, a procura pelo termo “burnout” cresceu 122% (Semrush, 2020), reflexo de uma sociedade que anda doente e que não pode parar. A pesquisa Creators & Negócios 2024 também abordou o tema com foco no mercado da criação de conteúdo: cerca de 6 a cada 10 criadores afirmam ter experienciado burnout ou se sentirem sobrecarregados em 2024.
A sobrecarga não afeta apenas quem cria conteúdo individualmente. Ela se espalha por toda a categoria, em especial pela dupla jornada que a maioria tem que viver.

Como o trabalhador brasileiro médio, ainda tem muito criador compondo a renda com outro job, seja ele CLT ou informal.

A saúde mental do creator não pode ser tratada como um problema isolado,
mas como reflexo direto da falta de estrutura profissional que ainda predomina
no mercado.


Tem muitos fatores ajudando o creator a ter uma saúde mental ruim: pressão por visibilidade constante, dependência quase exclusiva da publicidade como renda, a ausência de um modelo de negócio estruturado com CNPJ, falta de padrão de precificação, falta de organização comercial ou plano de crescimento, tornam o cotidiano da criação uma maratona desordenada. Quando a entrega depende de prazos irreais, sem suporte, sem previsibilidade financeira e com a sensação de estar sempre começando do zero, o burnout deixa de ser exceção e vira uma regra.

E quando tudo parece urgente, o que acaba ficando de fora é o essencial: a criatividade do criador. Não se trata apenas de perseguir publis a qualquer custo, mas de entender que sem uma base sólida que coloca o criador como o seu próprio negócio, não há saúde emocional e nem atividades sustentáveis.

Para você ter uma ideia do cenário, de 2023 para 2024, caiu em 5 pontos percentuais o número de pessoas que viviam exclusivamente da criação de conteúdo, mostrando que, mesmo que tentem, a maioria dos criadores não conseguem viver apenas da criação de conteúdo por muito tempo. Muitos migraram de volta para o modelo CLT ou estão equilibrando dois pratos, enquanto tentam fazer as contas fecharem, mesmo sem uma renda fixa e com jobs sem padrão de precificação. 
A Creator Economy virou um jogo de resistência. E só quem se estrutura consegue continuar jogando. A sobrecarga bate na porta e bate forte. Não é à toa que 22,49% dos criadores disseram que, para driblar o burnout, decidiram dar uma pausa na criação.

O FOMO e a maratona que é a criação de conteúdo acaba gerando um mercado que não tem espaço para pausas, pois quem não é visto não é lembrado e o criador precisa ser visto. Se o algoritmo nunca dorme, o criador também não pode? Tá errado. Não surpreende o dado de que 17% repensem a carreira, afinal é difícil jogar contra o sistema.

Mas a real é: se você não se enxerga como empresa, o algoritmo vai te ver como mais um perfil perdido no feed. O criador precisa entender que criar é só uma parte do job. A outra parte é fazer o job virar negócio. E isso, é para exatamente não ficar dependente de um mercado do qual a bolha já estourou e agora caminha para um nível de mais consistência: fica quem joga o jogo do empreendedorismo.

Ainda há um longo caminho para garantir
que todos os criadores sejam valorizados de forma equitativa

Em meio a estratégias incompletas, a gente sabe falta de feedback (alô planilha dos influenciadores) e até mesmo, alguns criadores até ganham dinheiro, mas a grande maioria tem até 15% da sua renda vinda da criação de conteúdo, principalmente quando percebemos que grande parte desse grupo recebe até R$5.000,00.
Isso sem falar na falta de parâmetros para precificação e tetos para trabalhos, sem critérios claros para os serviços. Muitas marcas ainda remuneram com base na quantidade de seguidores, com formatos limitantes de conteúdo que exploram pouco a criatividade de quem cria. A conta não fecha. Nem pro creator, nem pra marca que finge que número de seguidores é sinônimo de influência.

A relação entre criador e agência, muitas vezes, também acaba sendo atravessada, com uma comunicação dificultada e que, por muitas vezes, acaba por não priorizar
o trabalho do criador de conteúdo. Agências, assim como marcas, mesmo que
sejam a principal ponte para o fortalecimento do criador, acabam dificultando
essa valorização.

Quando se trata das marcas, a maioria dos criadores apontam uma relação não tão saudável, e entre os principais problemas está a falta de feedback das marcas, assim como a devolutivas em relação aos preços e a insistência em produzir conteúdos utilizando formatos onde não há troca criativa ou flexibilidade entre as marcas.

Marcas: querem criadores maduros, mas não largam o briefing imaturo. A conta do resultado começa na liberdade criativa.

Mas em meio disso tudo, tem muito crescimento para construir um mercado
mais profissional

Apesar dos desafios evidenciados no cotidiano dos criadores de conteúdo, nós temos apontado aqui na YOUPIX sinais claros de amadurecimento e transformação no setor. A percepção empreendedora já é realidade para mais de 85% dos criadores, o que indica uma nova postura diante da profissão, se tornando mais estratégica, proativa e voltada à sustentabilidade dos próprios negócios. Isso se reflete também no aumento de criadores que diversificam suas fontes de renda e investem em conhecimento para crescer: o creator está deixando de ser apenas um “influencer” para se tornar uma marca por si só. Pois se a criação te esgota, talvez o problema não seja o conteúdo, mas o fato de que você tá fazendo tudo sozinho.

É o fim do improviso. Quem trata a criação como hobby não vai se sustentar nesse mercado. Criar virou empreender. E empreender exige gestão, dados, posicionamento e resiliência. Vemos um cenário que vem se inovando, mas que pode melhorar ainda mais, é necessário que, ainda como criadores de conteúdo, esses profissionais entendam a necessidade de se profissionalizar e formalizar.
Mesmo com as adversidades como a informalidade e os modelos ainda frágeis de remuneração, há avanços promissores: o número de criadores que vivem 100% da criação de conteúdo cresceu em relação aos últimos anos (em 2024 26,38%, dos creators geraram renda apenas com a criação, em contraponto a 2023 onde 22,4% estavam na mesma situação) e cresceu também a fatia dos que adotam inteligência artificial como aliada no processo criativo.
A pauta da profissionalização vem ganhando protagonismo, impulsionada por criadores que buscam estabilidade, estratégias sólidas e parcerias mais justas com marcas. Estamos presenciando uma virada de chave, em que a Creator Economy brasileira caminha para uma nova fase: mais madura, estruturada e diversa.
O creator do futuro é o que entende o presente: sem modelo de negócio, o talento não se sustenta.
Para continuarmos entendendo para onde o mercado vai e pra onde ainda tem potencial de ir, precisamos de mais e mais dados. A pesquisa Creators & Negócios da YOUPIX com a Brunch tem como objetivo entender a creator economy, o criador e todos os perrengues e acertos que fazem parte da profissão. Mas vai além. Ela gera inteligência para o mercado, oferecendo dados que moldam decisões e ajudam a redefinir como tratamos quem trabalha com criação de conteúdo. É a partir da perspectiva do protagonista que o futuro do ecossistema deve ser pensado.
O campo da pesquisa está aberto, e você, criador, pode auxiliar respondendo a pesquisa e enriquecendo o mercado com dados que moldam diferentes decisões. Quanto mais vozes responderem, mais plural e justo será o retrato do mercado. Representatividade também se constrói com dados.
Se os dados moldam o futuro, então a sua resposta pode mudar a Creator Economy. Não se omita da conversa que decide seu futuro.
E é por isso que contamos com você, a sua visão e vivência são extremamente importantes para entender o que está dando certo e o que precisa ser deixado para trás imediatamente, e para ajudar você ativar o modo business logo!

Responda a pesquisa para mudar o futuro do Creator Economy.
_________________________________________________________________________________________
Escrito por: Catia Christino,
Analista de Tendência e Insights na YOUPIX

Conteúdo Bibliográfico:

Busca pelo termo burnout na internet aumenta 122% durante a pandemia - Saúde Mental. Disponível em: <https://saudemental.blogfolha.uol.com.br/2021/09/27/busca-pelo-termo-burnout-na-internet-aumenta-122-durante-a-pandemia/>. Acesso em: 25 jul. 2025.
SOBRE
Atuando há 18 anos no mercado de social e influência, a YOUPIX é hoje uma consultoria reconhecida como referência na criação de estratégias e desenvolvimento de negócios na Economia Criadora. Através de soluções de negócios e aprendizagem, a empresa presta consultoria para empresas que precisam gerar negócios em um mundo onde a comunicação mudou de forma radical e marcas e publicidade encontra enormes desafios para serem relevantes. Entre os clientes da YOUPIX estão empresas como AB-Inbev, Itaú, Magalu, Nestlé, Globo, Latam, Pinterest e muitas outras.
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